Abstract

MORA ARAGON, K.. A orquestra participativa: estratégia socioeducativa aplicada aos internos do presídio de Albolote/Espanha. RIDE. Rev. Iberoam. Investig. Desarro. Educ [online]. 2023, vol.14, n.27, e567.  Epub May 06, 2024. ISSN 2007-7467.  https://doi.org/10.23913/ride.v14i27.1695.

O tratamento desumano dos prisioneiros levou as Nações Unidas a estabelecer um quadro jurídico para a protecção dos seus direitos humanos. Este acordo enfatiza que o período de privação de liberdade deve ser utilizado pelos reclusos (termo que inclui ambos os géneros) nos centros penitenciários como espaços que exigem intervenções que visem o desenvolvimento da sua população. Nesse sentido, a orquestra participativa foi proposta como estratégia socioeducativa por meio da execução coletiva de música, apoiada metodologicamente na prática orquestral. Especificamente, a pesquisa teve como objetivo analisar a intervenção da orquestra participativa como estratégia socioeducativa na prisão de Albolote (Espanha) durante os meses de setembro e novembro de 2022. O estudo foi de campo, quantitativo e descritivo. Um questionário ad hoc foi desenvolvido com base no objetivo. A população foi selecionada aleatoriamente a partir de um universo voluntário e intencional, e foram consideradas pessoas com e sem conhecimento musical. Participaram diretamente 18 presidiários e 200 indiretamente, cujas idades variaram entre 18 e 55 anos. Os dados analisados ​​mostraram um impacto de 88% no seu humor, 78% relataram maior comunicação com os colegas, 67% experimentaram um aumento na confiança e 67% falaram sobre as conquistas alcançadas. Conclui-se que a utilização de diferentes instrumentos musicais confere aos presidiários um papel que permite o reconhecimento individual e coletivo, o que favorece a convivência. Para ouvir a criação acesse o seguinte link https://youtu.be/0P5YRzUEwGs?si=TbZFMce7dqhoHKef

Keywords : música; orquestra; criação artística; público; espaço de convívio; intervenção social.