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Medicina crítica (Colegio Mexicano de Medicina Crítica)
versión impresa ISSN 2448-8909
Resumen
GARCIA CABRERA, Uriel et al. Trombose venosa cerebral na Unidade de Terapia Intensiva Neurológica do Instituto Nacional de Neurologia e Neurocirurgia. Med. crít. (Col. Mex. Med. Crít.) [online]. 2019, vol.33, n.6, pp.305-310. Epub 30-Jul-2021. ISSN 2448-8909.
Trombose venosa cerebral (TVC) é um estado potencialmente devastador que ocorre em adultos jovens, especialmente mulheres. Subtipo menos frequente do acidente vascular cerebral (AVC), representou apenas 0.5% nos pacientes com AVC. Cefaléia é o sintoma mais comum. Exige um diagnóstico preciso, pois a fisiopatologia e o tratamento diferem da AVC arterial, e a compreensão dos fatores de risco é a chave para o prognóstico da TVC.
Objetivo:
Determinar a prevalência, os principais achados clínicos, radiológicos e prognósticos da TVC na unidade de terapia intensiva neurológica.
Material e métodos:
Estudo retrospectivo, longitudinal e analítico de natureza observacional. Todos os pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva neurológica do Instituto Nacional de Neurologia e Neurocirurgia (INNN) com diagnóstico de TVC de janeiro de 2010 a julho de 2019 confirmados por tomografia computadorizada de fase venosa (Veno-TC) e/ou veno ressonância magnética (veno-RM), que contaram com informações clínicas e estudos de gabinete, bem como a evolução, tratamento e prognóstico na alta hospitalar.
Resultados:
Do total de 14 pacientes, com idade média de 33 anos. Dos quais 85.72% (n = 12) eram mulheres e 14.28 (n = 2) eram homens. A cefaléia ocorreu em 50% dos casos. A principal causa predisponente para TVC foi o uso de contraceptivos orais em 6 pacientes (42.85%) e puerpério em 3 pacientes (21.42%). O atraso no diagnóstico foi em média de 48 horas. O método de imagem utilizado para o diagnóstico em 64.28% daqueles com tomografia computadorizada na fase venosa e em 37.71% com veno ressonância magnética. O seio sagital superior foi o mais acometido em 50% dos casos. A permanência média na unidade de terapia intensiva (UTI) foi de 7 dias, onde 100% dos pacientes receberam anticoagulação. Três pacientes (21.4%) desenvolveram hipertensão intracraniana submetidos a craniectomia descompressiva entre o segundo e o quinto dia de internação. Os dias de ventilação mecânica foram em média 7 dias. Com internação média de 20 dias. A mortalidade na alta hospitalar foi de 21.42%.
Conclusões:
A TVC é menos frequente que o AVC isquêmico ou hemorragia intracerebral. O espectro da clínica é amplo, tendo como sintoma principal cefaléia. A confirmação do diagnóstico deve ser realizada com veno TC e/ou veno RM. A intervenção terapêutica na fase aguda visa à recanalização do seio ou seios trombosados e à prevenção de complicações; a anticoagulação com heparina de baixo peso molecular é o tratamento de primeira linha que demonstrou um impacto no prognóstico dos pacientes. Devemos ter em mente que trombólise e trombectomia são uma opção no tratamento. No caso da craniectomia descompressiva, é indicado apenas em casos de infartos venosos malignos. Os resultados após o TVC são geralmente favoráveis, também dependem de fatores do paciente, como sexo e fatores de risco específicos da mulher.
Palabras llave : Trombose venosa cerebral; doença vascular cerebral.