Introdução:

Ser cuidador de pessoas com dependência funcional implica o risco de apresentar deterioro da qualidade de vida, isto pode dever-se a que o prolongamento do cuidado altera a dinâmica familiar e gera sobrecarga no cuidador.

Objetivo:

1) Identificar a relação entre funcionamento familiar e qualidade de vida do cuidador do idoso e 2) Determinar a sobrecarga e qualidade de vida no cuidador do idoso.

Metodologia:

Estudo descritivo e correlacional, amostragem por bola de neve, a amostragem conformada por 86 cuidadores de um centro comunitário. Para as medições utilizou-se o índice de Barthel, o Teste de APGAR Familiar, a prova de Zarit e a Escala de Qualidade de Vida WHOQOL-BREF. Aplicou-se a prova de Kolmogorov Smirnov e Prova de Correlação de Spearman.

Resultados:

O 11.6% dos idosos apresentou dependência total, a percepção de disfuncionalidade familiar grave representou o 3.5%. Os cuidadores com sobrecarga intensa foram o 32.6%, o 8.1% percebeu a qualidade de vida deficiente. Quanto maior funcionamento familiar, maior qualidade de vida do cuidador (p<.05) e quanto maior sobrecarga, menor qualidade de vida do cuidador (p<.05) em todas as dimensões.

Conclusões:

Observou-se que a sobrecarga e funcionalidade familiar estão relacionadas com a qualidade de vida do cuidador, pelo que se tornam em um cenário disciplinar que envolve a possibilidade de desenhar estratégias de intervenção, centradas na sobrecarga e o funcionamento da família para o melhoramento da qualidade de vida do cuidador.