Objetivo:

Descrever a incidência de infecção por A. baumannii na UTI, suas caracteristicas demográficas, locais de infecção e o perfil da resistencia farmacológica.

Material e métodos:

Desenho: Coorte prospectivo. Local: Unidade de Cuidados Intensivos Respiratória (UCIR) do Hospital General de México, O.D. Pacientes: De 453 pacientes internados na UTI, 446 casos foram incluídos, 235 eram do sexo masculino (52.7%). A idade média foi de 47.9 + 16.7 anos. Intervenções: Nenhuma.

Resultados:

Foram encontrados 151 cepas isoladas de A. baumannii/haemolyticus em 85 pacientes (19.1%). A idade média foi de 50.6 ± 17.0 anos (20-85 anos). As principais comorbidades prévias a hospitalização foram diabetes 25 casos (29.4%) e hipertensão arterial 22 (25.9%). Os principais motivos para admissão foram choque séptico em 39 (45.9%), insuficiência respiratória aguda 16 (18.8%) e coma 10 (11.8%). A média do SAPS 3 foi de 60.8 ± 14.6 com uma mortalidade prevista de 48.3%. A mortalidade observada na alta da UTI e hospitar foi de 51.8% e 61.2%, respectivamente. O índice de mortalidade prevista foi de 1.27. O tempo de permanência na UTI e no hospital foi de 18.4 ± 14.9 dias e 30.2 ± e 22.4 dias, respectivamente. A incidência de infecção por A. baumannii foi de 19.1%, sendo os locais mais comuns de isolamento a via aérea, sangue e ferida cirúrgica. As cepas isoladas foram por definição multidroga resistente. A sensibilidade variou entre 19 e 26.5% para o aztreonam, piperacilina-tazobactam, moxifloxacina, tobramicina, imipenem e gentamicina. O único antibiótico com 100% de sensibilidade foi a tigeciclina.

Conclusões:

O isolamento de A. baumannii impacta a morbilidade e a mortalidade e está diretamente relacionado com a gravidade do paciente, refletida na maior pontuação na escala de SAPS 3 de mortalidade prevista e incidência de Insuficiência de Multiplos Órgãos em comparação com outros pacientes críticos.

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