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Medicina crítica (Colegio Mexicano de Medicina Crítica)
versão impressa ISSN 2448-8909
Resumo
VASQUEZ-REVILLA, Héctor Romeo et al. Características epidemiolológicas dos pacientes con doença crítica crónica. Um estudo observacional ambispectivo. Med. crít. (Col. Mex. Med. Crít.) [online]. 2017, vol.31, n.1, pp.31-35. ISSN 2448-8909.
Introdução:
A população de pacientes que necessitam de cuidados intensivos por tempo prolongado tem aumentado nas últimas décadas, resultando em uma nova população de pacientes com doença crítica crônica (DCC). O objetivo deste estudo foi descrever as características epidemiológicas dos pacientes com a doença crônica crítica na UTI do Hospital Regional de Alta Especialidade de Oaxaca.
Material e métodos:
Estudo ambispectivo, observacional e descritivo que incluiu pacientes admitidos entre 1 de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2015. Definiu-se os pacientes com DCC como aqueles com ventilação mecânica prolongada > 21 dias ventilação mecânica por > 6 horas por dia. Os pacientes foram acompanhados até a alta hospitalar ou morte. Foram excluídos pacientes com prontuários incompletos, idade inferior a 16 anos, as doenças neuromusculares (síndrome de Guillain Barré e Miastenia Gravis) e pacientes sem ventilação mecânica ou exigência ventilatória menor à 48 horas.
Resultados:
284 pacientes foram incluídos no estudo, a incidência de DCC foi de 9.8%. Em pacientes com DCC a pontuação APACHE II foi de 19.4 + 9.7 e sem DCC foi 15.94 + 8.6 (p = 0.044), a escala SOFA em paciente com DCC foi de 8.7 + 2.6, e sem DCC 7.01 + 4.4 (p = 0.007). Os dias de permanência na UTI foram de 17.1 + 9.2 dias para os pacientes com DCC e 8 + 4.8 dias para os pacientes sem DCC (p = 0.0000). Os dias de permanência hospitalar foram de 45.9 + 19.7 dias para os pacientes com DCC e para os pacientes sem DCC 18.3 + 12.4 dias (p = 0.0000). A mortalidade na UTI foi de 17.8% nos pacientes com DCC e 27.7% nos pacientes sem DCC (p = 0.0000). A mortalidade hospitalar foi de 50% nos pacientes com DCC e 16% (p = 0.0000) nos pacientes sem DCC. 32.3% dos pacientes com DCC tiveram alta e 56.3% dos pacientes sem DCC (p = 0.0000).
Conclusões:
A incidência de DCC em nosso estudo foi semelhante ao relatado na literatura. A gravidade da doença aguda ao ingresso do paciente, de acordo com a pontuação APACHE e SOFA está relacionada com o desenvolvimento da DCC. Os pacientes com doença crítica crônica tiveram um maior tempo de permanência na UTI, mais dias de sedação, maior tempo de internação e maior mortalidade hospitalar.
Palavras-chave : UTI; doença crítica crônica; ventilação mecânica prolongada.