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Medicina crítica (Colegio Mexicano de Medicina Crítica)

versão impressa ISSN 2448-8909

Resumo

PENICHE MOGUEL, Karla Gabriela et al. Ventilação mecânica em decúbito prono: Estratégia ventilatória precoce e prolongada. Med. crít. (Col. Mex. Med. Crít.) [online]. 2017, vol.31, n.4, pp.198-204. ISSN 2448-8909.

Introdução:

A Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA), devido a doença pulmonar é atualmente uma condição que põe em risco a vida do paciente quando desenvolve hipoxemia grave e refratária, as estratégias terapêuticas são limitadas e até mesmo controversas.

A ventilação mecânica em decúbito prono realizada mais cedo e prolongada está associada com aumento da sobrevida.

Objetivo:

Determinar a mortalidade associada com SARA grave por influenza usando como estratégia a ventilação mecânica em decúbito prono prolongada.

Materiais e metodos:

Estudo prospectivo, transversal, descritivo, de intervenção. Foram recrutados pacientes de março de 2016 a abril de 2016 com diagnóstico de SARA grave por influenza, que foram admitidos na unidade de terapia intensiva (UTI). Os pacientes foram agrupados de acordo com o resultado (melhora ou morte).

Resultados:

Foram incluídos 9 pacientes, com idade média de 47 ± 16 anos. 78% do sexo masculino. A comorbidade mais frequente foi a HAS com 44%. Durante a estância, oito pacientes foram submetidos a ventilação mecânica na posição decúbito prono e agrupados de acordo com o resultado.

Três pacientes faleceram e seis tiveram alta da UTI por melhora. Não foi observada diferença significativa na idade, tempo de evolução, níveis de pH, PaO2, PaCO2, HCO3 ou SOFA na admissão em ambos os grupos (0 > 0.05 em todos os casos). 96 horas após a pronação os valores da PEEP foram maiores nos pacientes que faleceram (p = 0.026) e nos parâmetros da gasometria arterial observou-se uma diminuição nos níveis de O2 e na relação PaO2/FiO2, ademais de um aumento nas necessidades FiO2 nos pacientes que faleceram, sendo estatisticamente significativa (p < 0.05). Outros fatores que foram analisados: antecedente​ de HAS, DM 2, tabagismo, tempo de pronação, tratamento com esteróides e uso de antibióticos prévia admissão na UTI. (Prova exata de Fisher com p > 0.05 e OR não significativa em todos os casos).

Conclusões:

A hipoxemia refratária é o fator mais importante envolvido com a mortalidade em pacientes com influenza e SARA grave. A ventilação mecânica em decúbito prono precoce e prolongada por 48hrs deve ser considerado uma prática padrão neste grupo de pacientes.

Palavras-chave : Ventilação em decúbito prono; hipoxemia grave; hipoxemia refratária; SARA..

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