Introdução:

Tradicionalmente, o monitoramento da oxigenação tem sido realizado por meio de índices como PaO2/FiO2, que exigem o uso de gasometrias para sua determinação. A tendência do monitoramento minimamente invasivo propõe o uso da saturação de pulso no índice SpO2/FiO2 para o mesmo fim. O índice SpO2/FiO2 apresenta vantagens: obtenção rápida e não requerer gasometria. Rice fez a comparação SpO2/FiO2 e PaO2/FiO2 demonstrando a validação do índice, Patrick incorpora na escala SOFA, Kigali mostra a importância da monitorização minimamente invasiva com SpO2/FiO2 e USG pulmonar na SDRA, propondo uma classificação comparável à de Berlim.

Objetivos:

Demonstrar que há correlação entre a SpO2/FiO2 e a PaO2/FiO2 no monitoramento da oxigenação em pacientes com trauma torácico.

Material e métodos:

Estudo observacional, descritivo, longitudinal, ambispectivo, realizado em 25 pacientes admitidos com diagnóstico de trauma torácico, entre janeiro de 2016 e abril de 2017, na Unidade de Terapia Intensiva, dos quais 5 pacientes foram excluídos. Uma análise estatística foi realizada usando a correlação bivariada de Pearson, e se esta fosse significativa, uma correlação linear para determinar o grau de correlação da mesma. Determinamos as médias de idade, sexo, tipo de trauma, dias de ventilação mecânica e morte. Os resultados foram analisados com o programa estatístico SPSS versão 21.0.

Conclusões:

Existe uma correlação linear significativa entre os dois índices, tal correlação é maior que 60% desde a internação, mas adquire a maior significância estatística com um grau de correlação de até 90% a partir das 24 horas e até final do estudo. Portanto, consideramos um teste útil e significativo para avaliar a oxigenação em pacientes com trauma torácico.

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